quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A VOZ DO SILÊNCIO - Da prisão à liberdade, a chave está na mente



Ao contrário das prisões físicas – fechadas e abertas com a mesma chave – as prisões psicológicas têm chaves diferentes para esses dois processos. Ambas, contudo, estão no mesmo lugar: a mente. Na mente repousa a única diferença real entre prisão e liberdade.

Em sua imensa maioria, os homens que se imaginam “livres” são na verdade prisioneiros, e a chave da prisão chama-se ignorância, enquanto a chave da liberdade chama-se auto-conhecimento. Quando nos conhecemos, conhecemos o próprio universo.
A mente é a interface entre a nossa natureza espiritual e a material, possibilitando a uma conhecer a outra. Porém, ao mesmo tempo em que a mente une essas duas naturezas, também as separa. Essa separação é mãe de “pecados mentais” como o orgulho, a inveja, a hipocrisia e a avareza, sujeitando-nos a medos e vícios. Do mesmo modo, o trabalho cooperativo da mente com o Ser – iluminando cada ação, cada pensamento, cada sentimento – um dia refletirá um estado de imorredoura confiança e paz. De infinita liberdade.
O ocultismo é uma ferramenta importante para a educação da mente, mostrando os frutos de seu descaminho. A respeito, H.P. Blavatsky diz: “Ocultismo não é magia. É comparativamente fácil aprender os truques de encantamento e os métodos de uso de forças mais sutis, mas ainda assim materiais, de natureza física; os poderes da alma animal do homem são logo despertados; as forças que o seu amor, seu ódio e sua paixão podem pôr em ação são prontamente desenvolvidas. Mas isto é Magia Negra, feitiçaria” (Ocultismo Prático, Editora Teosófica). Vê-se que mesmo o amor da alma animal – moldado no egoísmo – pode ser fonte de feitiçaria, e nisso incidimos até inconscientemente.
O que distingue um caminho de luz de um caminho de trevas? Blavatsky esclarece: “É aintenção, somente a intenção, que faz com que qualquer exercício de poder torne-se magia negra e maligna, ou branca e benéfica. É impossível empregar forças espirituais se houver o mais leve traço de egoísmo presente no operador. A não ser que a intenção seja totalmente pura, a vontade espiritual converter-se-á em psíquica, agindo sobre o plano astral e podendo produzir resultados terríveis”.
Independentemente do interesse pelo Ocultismo, um fato vale para todos: o uso de suas forças mentais para fins egoístas é magia negra. Esta – além do retorno do mal feito aos outros – gera outro mal a nós mesmos: a natureza de nossos pensamentos acaba se convertendo em nossa própria natureza, pois a mente inferior é a morada do ego humano. A qualidade vibratória do que pensamos molda a qualidade da matéria de nosso eu humano, pois pensamento é matéria. Daí se dizer “o homem é aquilo que ele pensa”.
Dentro da característica material predominante hoje em dia, vêem-se em cada esquina anúncios de “operadores psíquicos” prometendo felicidade, solução de problemas amorosos, descarregos e outras panacéias. Equivocadamente chamadas “espirituais”, essas práticas – mesmo que você seja um simples usuário – vão fazê-lo incidir em compromissos com a face trevosa do mundo, abrindo-lhe as portas, isto sim, para mais problemas e maior infelicidade. O que você paga pelo “serviço” não o absolve, ao contrário, o condena.
Diz ainda Blavatsky: “Nenhum pássaro pode voar a não ser que suas asas se tenham desenvolvido e que tenha espaço à sua frente, bem como coragem para lançar-se no ar”.
Podemos perguntar-nos: “Tenho asas para voar?”. Tal questão, só o autor pode responder. Sabe-se que pureza de conduta e intenções, busca de auto-conhecimento e serviço desinteressado ao próximo são condições básicas para se chegar lá, mas isso exige renúncia e também fé, certo grau de certeza de que “vale a pena”. Como se vê, a chave está na mente.

Walter Barbosa, membro da SOCIEDADE TEOSÓFICA-Loja Liberdade




Fiquem com Luz e sempre observem tudo com a verdade do seu coração !   
A Vitoria da Luz esta próxima...! 
Ssapyará (Rinaldo)

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