OUVIR VER TOCAR SABER CALAR
19/3/2004
A evolução espiritual é a conquista de uma consciência mais objectiva, exacta,
plena e profunda de si, ela não é apenas qualidades e virtudes, ela assenta
numa redescoberta da identidade, o fim de um mito e o início de outro mito.
Existe uma etapa de chamamento em que a luz se adapta a nós, é como uma espécie
de visita. De repente a vida fica iluminada, sente-se uma pressão espiritual de
dentro para fora vinda do nada. A luz simplesmente se adapta a ti. Nesta etapa
estão a entrar milhões de pessoas.
Na etapa a seguir a luz já não se adapta a ti. É quando, depois de meses ou
anos de forte estímulo espiritual, um dia a pessoa tem a sensação de que se
andou para trás, de que alguma coisa se perdeu, tem-se a sensação de ter havido
um obscurecimento. Significa que a luz que te veio visitar se tornou exigente e
ela recolheu-se para um outro plano porque ela está a pedir algumas mudanças.
Nesta segunda etapa, enquanto a pessoa não faz mudanças muito profundas, a luz
torna-se rarefeita.
Há dois tipos de angústias: a de estar fora do caminho – sentida pela alma; e
uma tremenda angústia por estar dentro do caminho – sentida pela parte exterior
da personalidade (ego), porque ela sabe que, no momento em que entras a sério
no caminho interno não há retorno.
Essa angústia está associada à dilatação das categorias da natureza do ser para
a luz.
A angústia vem da pessoa sentir que as partes infantis do seu ser não podem
continuar a imperar, é parecida com a angústia da criança cuja mãe a deixou na
escola e vai embora – angústia de crescimento.
Isto tem a ver com o eixo astrológico Câncer/Capricórnio. É o impasse entre
continuar associado às coisas familiares que estão na escala das nossas
pequenas decisões ou a pessoa começar-se a associar progressivamente ao
programa de resgate da Terra e começar a perceber que não pode continuar a ser
infantil e essa angústia está em todos nós.
As pessoas que não a sentem é porque têm algumas ilusões sobre isto, porque o
efeito de servofreio da energia superior impulsionante para cima é incompatível
com os ângulos infantis do nosso ser, e se antes nós já tínhamos a maturidade
para perceber onde éramos infantis, depois, quando a responsabilidade começa a
descer, nós temos a luz para deixar de ser infantis.
A conexão com o programa de resgate da Terra, regido por Jesus, Michael, Enoch,
Melchizedeque, etc., e a assunção da tarefa e o deixares-te transformar numa
pena dessa ave que vai levantar a Terra inteira faz-se por uma depressão.
É através de uma depressão sagrada, quando tu estás sem saída, porque enquanto
o indivíduo tem saída ele não deprime, enquanto o indivíduo tem mais um truque,
ele mantém os hábitos ancestrais activados no inconsciente ou no semi
consciente, tem todo o poder do passado do lado dele. São 5000 anos de história
escrita a alimentar a fixação do homem no chão (inércia, estupidez,
ignorância).
Esta primeira fase em que há um processo de chamamento e a luz se adapta a nós
já ficou para trás e o primeiro sinal disso é que a luz se vai embora. Aqui tu
mudas de plano, de nível, subiste um degrau. A luz já não se adapta a ti, és tu
que tens que ir ao encontro dela.
No início a luz impregna-te totalmente e tu entras num estado de graça, depois
essa luz retira-se para um outro plano e tu tens que começar a encontrar o
caminho para ela. Há assuntos que vão ficando para trás como: deitar no lixo a
agenda com os amigos da primeira fase. Esotericamente chama-se a esta fase – O
DESERTO.
Na fase em que a luz vem ao nosso encontro tu tens O JARDIM e podem ser anos
assim e um dia, a luz desaparece totalmente e tu não fizeste nada de errado só
que mudou o método de instrução e é a luz que busca que tu te movas na direcção
dela, alteres coisas e vivas uma transformação.
Na 3ª fase já estás bem dentro da aura de resgate e nem te deste conta. Aí a
luz retorna com toda a força para te transformar completamente.
Depois do DESERTO a alma já pode comunicar à mónada que a lei da persistência,
do silêncio, da coerência, da aspiração, foram cumpridas. Nesse momento a
mónada despoleta o poder de transformação. Ficas outro ser.
Sem passarmos por estas três fases a qualidade do que tu podes transmitir ao
mundo é muito limitada.
Quando se chega à 3ª fase tu percebes que coisas que dantes eram difíceis para
transformar ou para fazer se tornam extremamente fáceis. Tu descobres que há
uma transformação.
A câmara da ignorância é a escola da vida. Isto, de uma maneira geral, é onde a
humanidade vive. A seguir a esta câmara de ignorância, existem os grupos internos.
Todos os seres que respondem à vibração superior são admitidos num dos 12
grupos internos da Terra – as 12 Tribos de Israel.
As tribos de Israel não são, obviamente, nenhuma circunstância étnica ou
antropológica judaica, elas são um código para os 12 grupos internos da Terra.
Vocês já não estão na câmara da ignorância nem na escola da vida, vocês foram
ligados a um grupo interno.
Os grupos internos estimulam a luz da alma o que significa que, quando tu és
integrado a um grupo interno, fazes parte de uma família. Este caminho dentro
dos grupos demora uns anos. A pessoa tende para a luz, há um grande estímulo da
alma, há uma luz que vem de dentro, há como que uma voz, e, ao fim de uns anos
(e hoje em dia cada vez menos) acontece um cataclismo em ti. Quando tu percebes
que não há nada na vida humana comum que possa atenuar a tua sede. Quanto tu
estás no deserto a morrer de sede tu és admitido numa das 12 escolas de
mistério da Terra. O Deserto serve para ficarmos com sede.
A Lei não tem a mínima necessidade de te colocar às portas de uma escola de
mistério enquanto tu “estás fazendo turismo”. Enquanto eu consigo adornar a
minha vida eu estou numa escola psicológica mas, dentro de uns meses, as portas
das escolas de mistério vão voltar a abrir. Elas sempre estiveram abertas mas
dentro de tradições muito estritas (Sufis, Egípcias, Rosacrucianas).
Vocês têm estado no “deserto”, uns mais outros menos. É uma circunstância na
qual uma luz vai e vem, de repente parece que se vai embora completamente e não
se vê mais nada, é um processo intermitente. Isso é o método através do qual a
ligação da alma a um grupo interno é fortalecida.
Daqui a uns meses, um ano, Eles vão abrir de novo a passagem de milhares e
milhares de indivíduos do nível dos grupos internos para o nível das escolas
internas. A diferença é que não é a personalidade que entra nas escolas mas a
alma, porque cá fora, tu continuas a descascar cenouras.
O que as escolas internas fazem é ajudar a alma a ver a suprema realidade, ou
as muito altas e belas ilusões. A alma tem que aprender a distinguir, dentro de
um mar de luz (que é onde ela vive) um fio de luz maior que é o veio magnético
que a liga à sua hierarquia. É estar na aura de um Mestre Ascenso. Há uma fusão
da tua aura individual com a aura de uma hierarquia.
A alma é um psicólogo, ela constantemente harmoniza a nossa vida.
A partir do momento em que és integrado a uma escola de mistério já é a alma
que começa a caminhar e, na fase mais avançada da integração às irmandades
cósmicas – 3º nível do trabalho – aí é a mónada que é integrada.
– Escolas da vida ou câmara da ignorância.
– Câmara da sabedoria.
– Iniciação nas escolas de mistério.
– Irmandades cósmicas.
Estas grandes naves que estimulam o crescimento da aura de resgate na Terra não
lidam nem com a alma nem com a personalidade. As naves, que são modeladores
interdimensionais de alta frequência pilotadas por consciências crísticas, são
embaixadas das Irmandades Cósmicas onde entra a mónada. Os centros
intraterrenos são embaixadas das escolas de mistério onde entra a alma.
Os grupos internos são vórtices magnéticos de aglutinação de milhares de
indivíduos e quem entra nestes grupos é a consciência do indivíduo.
Isto pode ser descrito através da expressão: “Ouvir, Ver, Tocar, Saber, Calar”.
Nós começamos no nível de Ouvir, depois passamos para o de Ver, depois para o
de Tocar, depois para o de Saber e, finalmente, desaguamos para o nível de
Calar.
Visualiza a tua mónada como uma estrela fulgurante, ela é a síntese da
identidade.
Quanto mais tu mesmo te vais tornando, menos tu consegues dizer que és e mais
descobres que o mistério de si equivale ao mistério do divino.
Este Ouvir, Ver, Tocar, Saber e Calar são chaves esotéricas muito, muito
profundas.
Na fase de Ouvir é quando os seres humanos percebem que existe algo que os está
a chamar. Ele ouve, dentro de si, um chamado. Ele percebe que mais dele está a
chamar menos dele. É o efeito de ampulheta.
Esta fase de Ouvir é quando a estrela já está presente mas não a consegues ver.
Esta é a fase onde milhões de indivíduos estão a entrar neste momento. Serão 1
a 2 biliões. Eles dizem que ligaram os corredores principais e, portanto, à
medida que os poucos altos iniciados que estão encarnados na Terra se aproximam
das comportas centrais da aura de resgate para assumir a sua função, os
discípulos iniciados estão avançando um degrau e, todos nós que somos
discípulos, começamos a sentir, claramente, que algo tem que mudar na vida,
definitivamente, e a humanidade como um todo desperta – OUVIR.
De repente, onde não estava nada, os seres começam a sentir um chamamento. A
estrela invisível começou a fazer-se percepcionar.
Ouvir é quando um ser não se importa que o mecânico do automóvel tenha levado
mais 3 horas do que ele disse que levava para arranjar o carro e tu ficas ali à
espera. É quando tu interpretas o que é velocidade e produtividade, e quando tu
aprendes a desacelerar para ouvir.
Esta é a fase do sair da câmara da ignorância e começar a ser tocado pela porta
do grupo interno. É uma consciência de direcção imergente.
A 2ª fase – VER – tu ficas frente à estrela. De repente tu tens o choque
delicioso de perceber que és eterno – tu vês a estrela – mónada.
Este Ver é interno. Tu subjectivamente passas de Ouvir para a sensação de
estares na presença de uma entidade muito séria! Quando um indivíduo descobre
que não está só, significa que ele se encontrou a si mesmo numa dimensão
superior.
Estas etapas têm a ver com a natureza profunda da personalidade vindo progressivamente
ao de cima.
Ligar ao nível profundo da personalidade chama-se alinhamento. O físico, o
emocional e a mente estreitam-se e ligam-se a um mesmo princípio interior.
O 3º degrau – TOCAR – já não se trata de uma sensação mas de uma experiência
sensitiva superior.
A 1ª é uma espécie de clariaudiência superior.
A 2ª é uma clarividência superior.
A 3ª é uma sensitividade superior e o sentir o campo da alma a abraçar-te –
TOQUE.
É dentro do campo da alma que entramos na aura de resgate, primeiro tenho que
entrar em mim e aceitar o envelope de amor que a alma está construindo à minha
volta.
Tocar é quando tu sentes, através de uma sensitividade superior, uma ternura
imensa à tua volta, sem motivo. É a capacidade de sentir o milagre do abraço da
alma à nossa volta. Quando isto é sentido quotidianamente é porque tu estás a
criar um novo campo electromagnético.
Os centros principais são: o coração; as mãos e a testa. Aqui tu estás
claramente a entrar na aura do teu grupo interno. À medida que a alma te leva
para dentro da aura de resgate, ela gera um campo de protecção à tua volta.
Protecção é tu deixares-te amar pela tua própria alma. Quando isto acontece eu
estou completamente protegido.
Quando tu te aproximas de uma escola interna significa que os Irmãos observam
que tu és capaz de manter uma vibração superior durante um determinado tempo.
Quanto tempo tu aguentas os estímulos do teu Mestre sem os “deixar cair” – uma
tarde, um mês, 2 horas, um minuto?
Quando Eles percebem que a pessoa ama a postura receptiva da vibração superior
durante um certo tempo, Eles, amorosamente, pegam em ti e passam-te para o
campo directo de uma hierarquia. Dá-se a fusão entre a tua aura e aura de um
mestre.
Os Mestres quando vêm à Terra constróem cidades – Atenas, Machu Pichu, Luxor,
Londres, ..... Eles são ímans que contêm energia magnética necessária para
fundar, no éter, um vórtice que atrai tribos.
No SABER a estrela penetra dentro de ti através da rede nervosa. A dissociação
implicada na ideia de: “eu e a minha alma” termina.
A activação do corpo de luz é despoletada pela penetração da estrela
directamente na consciência. Aqui a dissociação desaparece, começa-se a
perceber que és exactamente aquilo que procuras.
Depois da estrela entrar tu fundes-te com ela. Tu finalmente sabes quem és. A
identidade foi finalmente transfigurada. Tu vês-te a partir do ângulo da tua
própria alma.
Depois do Saber dá-se a FUSÃO. A isto chama-se CALAR. Por isso é que os grandes
iniciados têm muito pouco a dizer. Eles são o facto para o qual apontam.
Quando um indivíduo é a realização não tem discurso.
E é porque tu és a realização e te fundis-te com a estrela, é nessa ausência de
discurso, que o mundo interno chama a isso CALAR porque é a eloquência final.
Nesse momento foste admitido às Irmandades Intergalácticas.
OUVIR VER TOCAR SABER CALAR
Nós temos estado ligados ao Ouvir e ao Ver – é o tender para a luz. Agora, para
que se crie um espaço novo para toda a humanidade despertar, temos que sair
deste nível porque a lei da Hierarquia diz que um elo tem que dar um passo para
o elo seguinte assumir um novo patamar.
O novo ponto é TOCAR.
Quando tu és tocado, quando a alma constrói o seu campo à tua volta o teu
serviço é necessariamente amplificado, começas a ser ligado à rede de serviço.
Tu começas a ficar menos teórico e especulativo e começas-te a ocupar mais do
desenvolvimento do grau/luz em ti e no mundo.
Alguns pontos que têm a ver com o estar dentro dos grupos internos: persistir,
praticar o silêncio, viver aberto à energia superior, saber recolher-se
ciclicamente, praticar harmonia psicológica, ser simples, cultivar a humildade,
saber projectar-se para além da personalidade, aspirar, ver a luz... .
Para um indivíduo sair disto e entrar no outro patamar Eles pedem que a pessoa
aceite o fim de uma definição de si próprio.
Até agora nós temos feito um processo por continuidade mas, para que um
indivíduo entre numa escola de mistério acontece uma ruptura sagrada – é
aceitar ser outra coisa, é ir para além daquilo que é a sua continuidade.
O ritmo evolutivo de cada um de nós está em fase com o grupo ao qual tu serves
e, em certas circunstâncias, dão-se deslocamentos mais rápidos, por exemplo: se
a humanidade, nos próximos 8 anos conseguir criar a paz, que é uma vibração
cada vez mais difícil de gerar neste planeta – muitos seres que estão já nestes
patamares poderão passar por iniciações muito fortes, porque se ela pode gerar
a paz também pode receber muito mais luz. Se a humanidade não conseguir
encontrar o caminho, em si mesma, para a paz, o que vai acontecer é que os
grupos mais avançados terão de ser protegidos e isolados.
Não se trata tanto de fazer mais das virtudes e das qualidades mas de começar a
criar um vácuo em nós mesmos que espera uma mutação profunda na consciência. A
construção de um estado de esperança superior é um tremendo trabalho
psicológico. Esta esperança é a descida de um facto interno que produz uma
mutação na identidade – 10º Raio, Transfiguração. É o raio que equilibra a
consciência exterior com a identidade cósmica.
A irradiação da luz central do Cosmos faz-se através de um vácuo a que
antigamente se chamava Pureza. Pureza no coração e na consciência profunda é eu
estar completamente vazio para receber a luz.
Buda insistia “tu morres e nasces a cada momento” – Transfiguração.
Um ser que chegue a este ponto é imediatamente invadido por forças estelares
superiores – SER ESPELHO.
Quando tu entras neste estado podes julgar que há um menos porque a sensação no
plano mental, no plano do ego, no plano astral, é de menos!
Jesus diz: “Aquele que se ajoelha será exaltado, aquele que se exalta será
rebaixado”.
Quando ele diz: “Aquele que se ajoelha será exaltado”, Ele está a falar daquele
que entra nessa ignorância sagrada de total receptividade e imediatamente é
puxado para o nível dos grandes reflectores do Cosmos – aqueles que reflectem a
verdade crística para dentro da Terra.
Fiquem com Luz !
e sempre observem tudo com a verdade do seu coração !
Ssapyará ( Rinaldo)
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